domingo, 18 de agosto de 2024

Firmina

 FIRMINA


Em uma das mãos, triste flor suspensa;

Na outra suspende solitário livro;

A seus pés, toda uma obra imensa

Lembra o tempo usando um eterno crivo.


A praça guarda história intensa:

Dor, olvido, gritos de compaixão…

Uma negra que todo dia pensa 

Em perder seus filhos pra escravidão.


Úrsula e Tancredo bem  ali estão 

Eternizados em suave história 

De dor, morte, desespero e paixão.


Gupeva ali vive em cada memória,

E aves lá cantam todas as manhãs 

Louvando a Firmina de Guimarães.


(José Neres)


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