FIRMINA
Em uma das mãos, triste flor suspensa;
Na outra suspende solitário livro;
A seus pés, toda uma obra imensa
Lembra o tempo usando um eterno crivo.
A praça guarda história intensa:
Dor, olvido, gritos de compaixão…
Uma negra que todo dia pensa
Em perder seus filhos pra escravidão.
Úrsula e Tancredo bem ali estão
Eternizados em suave história
De dor, morte, desespero e paixão.
Gupeva ali vive em cada memória,
E aves lá cantam todas as manhãs
Louvando a Firmina de Guimarães.
(José Neres)
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