Neste Dia do Poeta, homenageamos um dos ícones de nossa poesia, o escritor Joaquim de Souza Andrade, qua assinava seus textos como Sousândrade, autor do clássico poema épico Guesa.
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SOUSÂNDRADE
José Neres
(Para Sebastião Moreira Duarte)
Sua vida foi um trânsito errante…
Foi ao triste som de selvagens harpas
Que releu Shakespeare, Göethe e Dante,
Em verso digladiou, trocou farpas…
Foi ao triste som de selvagens harpas
Que releu Shakespeare, Göethe e Dante,
Em verso digladiou, trocou farpas…
Fez de todo o mundo sua morada
E, em cada viagem, teve rompante
De gênio em busca da frase sagrada
Que eternizasse o tempo num instante.
Sabia de seu lugar no futuro,
Sabia que o presente é inconstante
Ácido, cruel, estranho e bem duro,
Capaz de fazer Vate delirante
Comer as pedras de seu próprio muro,
Na condição de mero mendicante.
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