Ubiratan Teixeira foi o primeiro escritor maranhense que li depois que voltei para minha terra natal. Até hoje me lembro do dia em que peguei emprestado, na biblioteca da antiga Escola Técnica Federal do Maranhão ( hoje IFMA), o livro O Banquete. Eu era ainda um garoto, mas fiquei impressionado com a força narrativa daquele escritor a quem anos depois iria conhecer pessoalmente e com quem trocaria várias ideias
Sua coluna era uma das minhas preferidas no Jornal O Estado do Maranhão. Suas crônicas, contos e novelas são exemplos de boa prosa e de excelente uso da linguagem escrita.
Faz uma década que esse escritor fantástico partiu. Mas sua vasta obra continuará para sempre entre nós, sempre trazendo uma lição de estética
José Neres
(Para Eduardo Teixeira)
A vida não é peça de único ato,
Nem um mero levantar de bandeira,
Nela jamais assinamos contrato
Que garanta felicidade inteira…
A vida cheira a labirinto nato
Ou a ilha toda cercada de sujeira.
A vida tem na parede um retrato
De banquete, pecado e de fogueira.
Há, nos bastidores da vida, um trato
Que faz de cada pessoa uma herdeira
Deste nosso pequeno mundo abstrato…
Nos palcos da vida, uma cena inteira
Lembra que, mesmo em silêncio ingrato:
Sempre "é dia de Ubiratan Teixeira”.
José Neres e Ubiratan Teixeira em um evento na Academia Maranhense de Letras |
Realmente, Ubiratan foi muito presente na comunicação jornalística. Muito prestígio. Mais um trabalho seu que merece aplausos de PÉ. 👏👏👏👏👏
ResponderExcluirMuito obrigado. Ubiratan era uma homem de muito talento e de boa índole.
ExcluirGrande homenagem.
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