terça-feira, 31 de dezembro de 2024

25 - FERREIRA GULLAR

 Fim de ano e também fim de projeto. Ao longo de vários meses, homenageamos duas dezenas e meia de escritores maranhenses. 

Tudo começou quando acatamos a sugestão do professor e poeta Natan Campos (que por sinal aniversaria neste 31 de dezembro - Parabéns, amigo!) de escrever sonetos para os poetas que nem sempre são lembrados. 

Não garanto que os textos tenham ficado bons, mas estão aqui nestas páginas virtuais para quem quiser conferir.

Cada um dos sonetos foi carinhosamente dedicado a meus amigos e amigas que, de alguma forma, mantém alguma relação com o tema. 

A partir do início do novo ano, iremos nos lançar a novos desafios. 

Meu muito obrigado a todos que leram, comentaram, compartilharam ou mesmo ignoraram essas homenagens. Nossa literatura merece essas horas dedicadas a nossos autores.


Reprodução da capa da autobiografia de Ferreira Gullar


FERREIRA GULLAR
José Neres 
(Para Susane Ribeiro)

A farta cabeleira prateada
Emoldurava o rosto do poeta
Sua mão, na outra sempre entrelaçada, 
Velava o rumo da palavra certa.

A arte, em todas as partes encontrada,
Foi sua companheira mais dileta.
A sujeira pelo mundo espalhada
Indicou-lhe a verdade mais secreta.

Ao perceber a poesia estagnada,
Comentou que a vida é arte concreta 
E que vale a pena ser libertada.

Se no poema já não cabe a oferta
Nem o preço da comida almejada,
Resta o verso como grito de alerta.

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